A realidade de ser pai adolescente

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Pai adolescente

A realidade de ser pai adolescente

Ter um filho é o desejo não só da maioria das mulheres, mas também de muitos homens. No entanto, o que fazer quando isso acontece quando o rapaz ainda é muito novo? Além das despesas e preocupações que aumentam, muitas coisas têm que ser deixadas de lado e outros desafios aparecem. Um novo caminho começa a ser traçado.

“Quando um adolescente está saindo da fase infantil para a adulta, é um momento de transição, ainda não há maturidade. São raros os casos de moços que possuem uma estrutura psíquica que dê conta de administrar suas angustias, medos e os cuidados com o bebê”, comenta Regina Vaz, especialista em relacionamentos humanos.

Para a psicóloga Nadêjda Licia Mello, a maioria dos adolescentes não tem estrutura para ser pai, pois é um período muito conturbado na vida de um ser humano. Por ser um momento de mudanças, tanto físicas quanto emocionais, tudo acaba se tornando novidade, principalmente por, raramente, a paternidade ser fruto de algo pensado, mas sim de uma iniciação sexual precoce e sem prevenção.

“Tornei-me pai aos 16 anos. Apesar da pouca idade, não foi um choque para mim. O difícil foi que com o passar dos meses começaram as preocupações e as altas despesas. Fui me adaptando aos poucos”, destaca Evandro Eiti Sakai, analista de sistemas e empresário, de 35 anos, pai de Leandro Seiji Sakai, de 19 (foto).

Evandro diz que contou a novidade para os pais no terceiro mês de gestação da namorada, Vera Marta. “Meu pai foi um pouco mais tranquilo, mas minha mãe ficou muito assustada”, lembra ele.

Segundo a psicóloga, com a paternidade precoce, alguns adolescentes acabam pulando etapas da vida. Muitos deixam o estudo de lado para se dedicar só ao trabalho, para conseguir sustentar o filho. Em outras ocasiões, a criança fica sob a responsabilidade dos avós e o pai continua levando a vida como se nada tivesse acontecido

“Assim que meu filho nasceu, levei o serviço ainda mais a sério. Perdi muito das coisas que costuma fazer um rapaz com aquela idade, como sair com os amigos e aproveitar o dinheiro para as compras. Mas, a partir do momento que você tem uma família, as coisas mudam, as responsabilidades aumentam e o dinheiro tem que ser usado com muita cautela. Por conta disso, a partir da notícia, me tornei um pai”, comenta o empresário.

Nadêjda explica que o pai adolescente pode mudar naturalmente. “Existe algo que se chama instinto. Porém, isso vai mudar de acordo como foi formada sua estrutura psicológica, como, por exemplo, o pai que o rapaz teve. Quando a criança nasce, ele percebe que aquela responsabilidade é dele, e nesse momento começa a arcar com as atitudes”.

“Apesar de todas as mudanças e preconceitos daquela época, para mim foi e é um prazer ser pai. Sinto-me uma pessoa extremamente realizada e feliz. Tenho mais dois filhos menores e todos são ótimos companheiros e capazes de fazer com que eu tenha forças para os obstáculos da vida”, finaliza Evandro Eiti, que está casado com Vera Marta. Os dois são pais, além de Leandro Seiji Sakai, de Jonathan Koji Sakai, de 12 anos, e de Gustavo Kenzo Sakai, de 9
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Sempre que se fala em gravidez na adolescência o assunto tende a ser abordado apenas sobre a perspectiva da jovem mãe, ficando o pai adolescente quase sempre de lado.

Tem gente que desconhece que em muitos casos os meninos/rapazes desejam acompanhar o período de gestação e cuidar do filho junto com a mãe, ou seja, querem assumir suas responsabilidades diante desse novo fato.

O drama de uma noticia dessas em pleno momento de muitas mudanças e escolhas também faz parte do mundo masculino, pois boa parte deles começa a tomar consciência que o período de farras, de festas com os amigos e de descompromisso com a vida estão com os dias contados. Filhos, em qualquer idade, significa aumento de responsabilidades. Na adolescência é arrumar trabalho, se dividir com estudos e outras preocupações, justamente por tudo que envolve o ato de cuidar de uma nova vida, até o resto da vida…

Essa diferença entre o lado feminino e o masculino se deve ao fato de muitos jovens que se tornam pais terem uma prática de abandonar a mãe da criança e consequentemente seus próprios filhos. Isso acaba fazendo com que as pessoas generalizem a idéia de que pais adolescentes são irresponsáveis.

No entanto, muitos deles ao saber da novidade ficam é mais sensíveis, emocionados, até felizes (mesmo um tanto inseguros e medrosos), e começam a ajudar as mães, arrumam emprego e se surpreendem desde cedo planejando o próprio futuro e o dos seus bebês.

Parabéns a essa galera que diante dos desafios que vão pintando, vai conseguindo ser protagonista da própria história!!!
 

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